17 de jun. de 2015

TÉCNICA PUMP


Monique de Paula[1]

O Mercado de estética é sempre impulsionando por novidades. Nesse momento, a mais nova técnica, que está sendo muito solicitada e discutida, é a denominada “Técnica Pump”.

Na verdade, não se trata de novidade, mas da tradicional utilização de ventosas para ativar a circulação sanguínea, aumentar a oxigenação na região[2] e modelagem, ou seja, a conhecida técnica da vacuoterapia.  Essa técnica tradicionalmente consiste resumidamente em “(...) utilizar a electrosucção com a finalidade de trazer principalmente os nódulos celulíticos pra uma camada mais superficial através de uma ventosa de vácuo ou manopla de rolete, fazendo um deslizamento e descolamento, e promovendo uma drenagem, além de fazer um massageamento profundo, eliminar toxinas, melhorar circulação local, proporcionando uma hipervascularização sanguínea e devolver elasticidade à pele”.[3]

Sendo inquestionável que a técnica da vacuoterapia, se corretamente aplicada, tem ótimos resultados. Dentre eles podemos citar a reestruturação do tecido conjuntivo, diminuição da espessura septal, melhora a reabsorção linfática e tonificação cutânea pela estimulação do fibroblastos, com aumento da produção de colágeno e elastina[4] etc. Todavia, é bom ressaltar, a técnica não se destina a trabalhar a musculatura.    

Assim, qualquer profissional da área de estética com conhecimento em utilizar vacuoterapia poderá aplicar a “técnica pump”. Sendo claro, como em qualquer procedimento em se tratando da área da estética, uma criteriosa anamnese deve ser feita na cliente antes da primeira aplicação. Importante que a pele não seja muito flácida (flacidez tissular) para não prejudicar no momento da sucção. Há também outras importantes contraindicações que devem ser levadas em conta pelo profissional como, por exemplo, infecções cutâneas, neoplasia, veias varicosa etc[5].




Outro cuidado que deve ser tomado é no tipo de ventosa. Em geral, não é recomendado ventosas de materiais não transparentes. Esse é um requisito essencial para aferir a pressão correta na aplicação na técnica de vacuoterapia.

Para utilização da Técnica Pump aqui analisada, o Kit Pump poderá ser conectado em qualquer equipamento com pressão negativa, podendo ser de vacuoterapia, endermologia ou microdermoabrasão.

Apesar de tratar de uma nova técnica, há diversos protocolos que podem ser feitos. Em geral, não é necessário aquisição de novos equipamentos, bastando uma análise dos equipamentos que o profissional dispõe para escolha do protocolo ideal[6].

Para utilizar a técnica, a ventosa poderá fazer a sucção por 15 minutos no modo contínuo ou 30 minutos no modo pulsado. Há relatos que o modo pulsado tem maior eficácia, porém não há comprovação científica dessa afirmação. Todavia, em equipamentos que possuem somente o modo contínuo, poderá ser adaptado um pulsador eletrônico para utilização do modo pulsado. Importante que cada profissional analise a melhor técnica em cada cliente. Normalmente cada equipamento de pressão negativa possui a regulagem da pressão em Nmg, bastando ao profissional certificar que a pressão não esteja muito forte, respeitando a cuidadosamente a tolerância de cada cliente, evitando qualquer possibilidade de hematomas (Por isso a importância da ventosa ser transparente). E no caso da utilização no pulsado é recomendado que regule a pressão no modo contínuo antes de iniciar o procedimento e em seguida utilize o modo pulsado.




Outros procedimentos também podem ser associados com o Pump, como, por exemplo: massagem modeladora ou endermoterapia antes da aplicação das ventosas.  Ou após o Pump poderá ser feita a aplicação da corrente russa[7] por 20 a 30 minutos. Ou mesmo a Rádiofrequência. Importante a escolha de uma técnica a ser associada com o pump em cada aplicação. Não é recomendado que no mesmo dia seja feito várias técnicas associadas, pois a região poderá ficar sensível devido a hiperemia com o pump.  Em geral a hiperemia passa em alguns minutos depois da sessão.
Em geral o resultado é visível após a primeira aplicação, cada profissional determina a quantidade de aplicações. Podendo ser  1 ou 2x por semana, totalizando de 8 a 12 aplicações.

Há controvérsias que o resultado seja um “efeito Cinderela”. Porém, qualquer tratamento estético que seja feito apenas com uma aplicação ou sem nenhuma finalização de qualidade poderá ter sim um “efeito Cinderela”, ou seja, desaparecer depois de um curto espaço de tempo. Sendo que após uma aplicação correta do Pump, associada as técnicas adequadas, o resultado poderá perdurar por um bom tempo. #EsteticaProfissional

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[1]    Consultora em equipamentos estéticos e produtos para profissionais de estética. Representante comercial de equipamentos de eletroterapia.

[2]     Borges, Fábio dos Santos. Dermato funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas – 2ed. SP: Phorte, 2010, p. 129.

[3]     Pereira, Franklin. Eletroterapia sem mistérios – Aplicações em estética facial e corporal, Rio de Janeiro, Ed. Rubio, 2007, p. 218.

[4]     Assim, Pereira, Franklin. Ob Cit. p. 218; Borges, Fábio Santos. Ob. Cit., pags. 132 e segs e www.dermatofuncional.pt/vacuoterapia.

[5]     Assim, www.dermatofuncional.pt/vacuoterapia.

[6]     Fonte: http://centromedicomahos.bligoo.es/content/view/1380952/Vacuumterapia.html#.VSb-kJPCdp8


[7]     Val  Robertson et al. Eletroterapia explicada: princípios e práticas. Rio de Janeiro, Elsevier, 2009, pags. 105 e segs.